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Suavidade da vida

24/03/2025

A vida é bela, é serena e suave, mas somente quando bem valorizada, cuidada com alegria e carinho. Existem as condições para que ela seja preservada, mesmo com as dificuldades que o mundo ocasiona. Existem também infinitas oportunidades, que devem ser procuradas com coragem e determinação. A Quaresma propõe olhar para as condições daquilo que nos faz ser felizes e ter suavidade.

A destruição real da natureza, sem critérios justificáveis, como é indicado pelo ver da Campanha da Fraternidade deste ano de 2025, com o tema “Fraternidade e Ecologia Integral”, tira a suavidade da vida humana. Somente um processo maduro e responsável de conversão ecológica e espiritual poderá mudar essa realidade gritante e fortalecer a esperança de um mundo diferente e saudável.

O Ano Jubilar bíblico, como é indicado no livro de Levítico (cf. Lv 25,11-13), sugere, de tempo em tempo, recuperar as origens e começar tudo de novo. Mas a história acumula ricas experiências e atitudes novas. Isto significa que, voltar às origens, exige critérios maduros de adaptação, principalmente por saber que o caminho histórico do povo é acompanhado pelo Espírito do Senhor.

 Como critério de conversão quaresmal e de volta às origens é necessário superar a carga de sofrimento de tudo aquilo que, no passado, prejudicou a suavidade da vida. Apesar da salvação trazida por Cristo ter sido através do caminho da cruz, a vida não foi feita para sofrer, mas para ser feliz, ser suave e alegre, principalmente no encontro com Deus, no hoje da história, e na eternidade.

 As novas gerações não estão envolvidas com o mundo do passado, mundo antigo e de valores que não contam mais diante dos tempos modernos. Significa que não tem sentido certos saudosismos infringidos por quem não teve experiência desse ou daquele passado. Agora é conviver com a liquidez da cultura moderna, às vezes até carente de valores que ficaram na história de outros tempos.

A Celebração de Jubileu é volta-se para as origens. No caso dos cristãos, recuperar a dignidade do Batismo, é voltar-se para a casa do Pai. Foi o sentimento de vazio do Filho Pródigo do Evangelho, porque tinha perdido a suavidade de sua vida. Ele tinha perdido tudo numa vida sem compromisso, mas não perdeu, o que é mais importante, a esperança de ser novamente acolhido pelo pai.

Dom Paulo Mendes Peixoto

Arcebispo de Uberaba.

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